Achados e Perdidos...

sexta-feira, 16 de março de 2012

O prazer de um beijo

Honestamente, há assuntos que me incomodam bem. A essa altura da minha vida, esperar-se-ia que eu já teria sanado todas as dúvidas, ou ao menos parte delas, sobre os tais assuntos. Mas não.

Não faço questão de que o mundo saiba sobre mim, mas algumas coisas me forçam a desabafar, mesmo tendo a certeza de que ninguém vai se importar com isso.

Por exemplo: em livros, novelas, filmes, o beijo é sempre muito ansiado pelos personagens, e portanto, por nós espectadores. O casal se conhece, vem aquele primeiro olhar; se esbarram no corredor do colégio, ou na porta do elevador. Vem a conquista; a mulher vai perceber que o cara sempre vai estar no mesmo horário que ela na padaria, coisa que não acontecia antes, e num belo dia ele a convida para tomar um café, e depois de alguns cafés (se fosse há alguns anos, pode crer que seriam vários cafés huiahuaia) ele a convida para jantar. Enfim, no começo ou no fim do jantar acontece o beijo; apaixonado, estonteante. Pronto, a relação está selada. Parece que aquele momento contém os olhares, os cafés, os bom-dias. É mostrado como um momento lindo, que não será esquecido nunca, porque houve a conquista. E então eu me pergunto: além do momento certo, existe a pessoa certa para o beijo?

Ora, quantas e quantas pessoas por aí se beijam pelo puro ato, e não por seu significado; e é aí que eu entendo menos ainda. Existe realmente prazer num beijo? Obviamente, estou me referindo ao beijo sem toda a historinha colorida dali de cima...

É como eu disse, eu já deveria saber essa resposta por mim mesma, por minha própria experiência. Mas não sei. E ah, isso me incomoda.