Achados e Perdidos...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

No meu tempo..

Esse post poderia muito bem ser outro "vivendo e se surpreendendo".. porque meu irmão, estou pasma!

Estava eu agorinha, bem tranquila voltando da academia.. Espero para atravessar a rua, e começo a ouvir uns berros.. Ok, quando olho pra frente.. Descubro de onde vêm..
Eis que me deparo com um senhor, cabeça branca, sentado numa cadeira e um homem (filho, muito provavelmente), gritando ao lado dele essas palavras: "Egoísta! Egoísta! Guarda bem essa palavra.. Egoísta!! Que inferno essa casa! Essa casa é um verdadeiro inferno! A gente chega cansado do serviço pra se estressa mais ainda! Ô buceta! Ôô buceta!!" ...
E aí eu não consegui ouvir mais..
Agora vem cá, em que gibi está escrito que a gente pode deixar um cara desses vivo? Potaqueopario..
No meu tempo, em primeiro lugar, nós não gritávamos com as pessoas.. nós conversávamos.. (a não ser com o pirralho que divide o teto contigo) mas pior que isso.. Cara, é pai, é mãe, é vô ou vó.. whatever.. é mais velho que eu? (no sentido de experiência) Então cala a boca e escuta porra! Simples assim! Não interessa o quanto te tire do sério.. Os caras já viveram tudo, se não morreram ainda, é porque "Deus quis assim" droga.. kkkkkkkkkk
(Inclusive, eu mesma quase voltei falar umas verdades pro vagabundo.. mas já viu né, (medrosa pra caralho) eu estaria me contradizendo jáá de cara..

Então é isso, posso até estar equivocada.. mas foda-se, desabafei..
Té mais gente fina :D

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Vivendo e se surpreendendo

Era uma vez uma jovem mulher, de uma cidade pequena e de uma família religiosa. Não conservadora, apenas religiosa. (tcs.. dá quase no mesmo)
Jovem, pois estava em seus plenos 16 anos. Mulher, devido à cabeça que carregava em cima do pescoço. (claro.. não só por isso..)
O universo dessa lady era repleto. Se avaliado sob uma ótica, via-se apenas mais uma alienada, indo da escola pra casa, da casa pro inglês, do inglês pro piano, do piano pra cama, e retomava o dia posterior na mesma rotina (mais igreja, óbvio). Sob um outro viés, percebia-se uma garota muito simples, que encontrava sua paz no silêncio de Metallica e de Aliados e na clandestinidade de Lisbeth Salander, encontrava sua felicidade ao receber uma flor, e não um buquê. Ainda sob um outro aspecto, bem mais complexo, achava-se a menina que combinava tudo isso dentro de si, até "confusamente", mas brilhantemente.
Muito aconteceu para que essa jovem existisse (não muito assim kkkk), mas do jeito que era. Carregava uma série de decepções consigo, que a permitiam analisar cada detalhe de cada situação, que a ensinaram que por mais sabedoria que haja, não se julga absolutamente ninguém. Que o futuro era uma interrrogação, que cada um modela com as próprias mãos, e não por permissão das estrelas, ou seja lá quem for que viva por lá.
Tudo, essencialmente tudo, a levou a crer que quem guiava seus passos era ela. (o que contrariava terminantemente o principal mandamento de seus pais: "se somos, ou se temos, é porque Deus assim permitiu") Em outras palavras: não duvidava de Deus, mas não o tinha como o paizão. Se auto denominava "agnóstica". Que aberração! Dentro de uma família e de um universo religioso, isso seria obviamente uma piada. Ou não.
Certo dia, ao esmiuçar seus pensamentos e parte dos sentimentos com os pais, algo foi deixado claro: ela não tinha intenção de seguir o princípio dos mesmos. Foi uma cena dramática; Pai incrédulo, Mãe aos prantos, se culpando por algo que nada tinha a ver com ela. A menina chorou por ver os olhos da mãe, mas o que poderia fazer? Á época, era necessário.
No dia seguinte, o tratamento a ela destinado mudou. A mãe preparou o prato de que ela gostava, o pai a convidou para um culto e tentou conversar com ela, e logo logo a menina compreendeu o que estava acontecendo: ela agora, aos olhos dos pais, tinha depressão. O mal do século! Sim. Ela não poderia estar mais surpresa com a reação dos velhos.. Não esperava topar com um ponto deles assim.. "Vamos tapar o sol com a peneira!"
E tudo por quê? Por conta de a jovem deixar claro que não via problemas em ter uma relação, tanto "de amigo" quanto "de amor" (joguinho com o trovadorismo), com um igual (quase literalmente), mas de fora do caminho que leva a Jesus (ironia mode on), simplesmente. Situação mais calhorda!


...


Tá.. Oo leitor, se você não me conhecer, te conto que aquela saga é eu mesma.. Mas se você me conhecer (da igreja, obviamente kkkkkk), finja que é só uma historinha que eu criei pra descrever uma utopia ok? Obrigada pela compreensão :D


PS: "bonitinha" seria um puta elogio para aquela história, pro que aconteceu de verdade.. eu é que acordei com vontade de escrever bonitinho, com rodeios.. sério, foi uma cena digna de Oscar.. kkkkkkkkkkk.. minha mãe tentando me convencer a ir pro psicólogo, ao mesmo tempo que meu pai tentava me lembrar dos meus compromissos com a igreja, ou então os dois juntos pedindo pra eu parar de falar que não pretendia ser crente, pq "o inimigo tá escutando".. óóh vida! ehaioeaho


Téé mais galera :x