Achados e Perdidos...

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Começo infeliz..

Ah inferno... é sempre assim pra sair de viagem...

“Tirou o computador da tomada? Fechou sua janela? Ninguém ligou o ferro não né? Cadê o documento do carro? Você não pegou?! Eu falei pra você pegar... Eliseu, colocou ração pra Dolly? Deixou a chave com o vizinho?” ... e por aí vai... e detalhe: nós já estamos rodando, e aí se alguma dessas coisas foram feitas ou não, a gente volta! ...

Dessa vez, estou levando metade da minha casa no carro, porque são quase nove dias fora dela; com dois casamentos, um costão em Floripa (mesmo no inverno) e mais as casas de parentes... então você leva roupas que você vai de fato usar, e aquelas das quais você acha que pode vir a precisar... Com tanta lotação assim, o que será que acontece? Coloca dentro do carro mesmo... Então estamos eu e meu irmão dividindo nosso banco (o que sempre causa sérias revoluções) com mais dois daqueles cobertores do Paraguay, aqueles bem quentes e grandes. Estão embalados, mas exatamente entre a minha pessoa, com meu travesseiro, minha mantinha e minha bolsa, e o meu irmão, que fica empurrando as desgraças dos pacotes pro meu lado a toda curva, porque estão “invadindo o espaço dele”, e realmente, meu pedaço está um pouquinho maior, e não adianta falar que teria que ser proporcional ao tamanho... é claro que isso resulta em que? Briga, óbvio, porque eu também não posso deixar esse moleque tão folgado, e aí? Sobra pra mim... “Ana Laura, sossega, para de implicar com o teu irmão...”

AAAAAH!

Ok, pulando todas as horas desconfortáveis que eu passei, somadas à aula de RPM que eu fiz ontem que me deixaram dolorida pra cacete, fora os dias malditos,... chegamos à Curitiba! Minha doce e bela Curitiba! Casas com um sótão e aquela janelinha no meio do telhado, portas e janelas de madeira, toda essa rusticidade junto dos jardins bem cuidados, a limpeza da cidade... Todos aqueles prédios... Ainda venho pra cá... Mas opa, peraí... Se eu estou passando por tanto lugar assim, e divagando tudo isso de novo, é por quê? Estamos perdidos... pra variar... Ah não! O caminho que era pra ser feito em quinze minutos até o destino é feito em quase duas horas.

As coisas que eu ouço nesse trâmite eu queria escrever na hora... mas não o fiz... enfim...

Minha mão morou pra cá pra estudar, então é metida a “ter uma noção de onde fica” tudo por aqui. Até que ela não manda tão mal assim, mas quem vai ao volante é o meu pai = vai dar merda! Logo ele, que tem aquele jeito todo desassossegado de dirigir! Se tem gente na frente, quer ultrapassar e correr. Se tem caminho livre, então curte a vida que ela é bela nos seus 40 por hora!

Enfim... Vira um: “Elias, o fulano falou que chega na praça lá, com os santos de Jerusalém, e depois já fica perto da Avenida das Torres... aí de lá fica fácil de chegar na Leonor...”

Chegando à tal praça... “E agora? Qual das ruas pega?” (Virando o jegue pra onde ele mesmo escolheu)

“Não era essaaaa! Oo caramba... procura um retorno.” (esse maldito nunca existe)

Vai nessa ladainha por uns 20 minutos, até que meu pai começa: “Tcs... Tem que comprar um GPS mesmo, eu falo... No Paraguay é barato...O fulano comprou, pagou acho que 180 reais, e disse que funciona certinho..” Aí minha mãe: “Aah, eu não sei mexer, você sabe?” E essa discussão se prolonga...

No fim das contas, nós entramos num estacionamento de supermercado, e quem estava justamente lá? A dona da casa que a gente está procurando... Sabe, não tem explicação!!

Agora agora, eu estou deitada, e ainda é dia 8 de Julho... Escrevi tudo isso porque realmente é o que sempre acontece, e me dá nos nervos... aí pelo menos da próxima vez, eu vou saber que "pow, já descontei essa raiva em alguma coisa"..

Valeu =D

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